Molotov não
é bailinho
Molotov não é bailinho é um projeto multifacetado que nasce da vontade comum de um grupo de artistas em aprofundar e dilatar os diálogos sobre arte no Brasil e latinoamérica, a fim de territorializar o corre independente em meio ao adoecimento da linguagem e os inúmeros ataques ao setor cultural no país.
O projeto se concretiza hoje - por enquanto e por primeiro - como uma revista-manifesto que pretende documentar uma reunião de olhares, unhas e dentes de artistas independentes que sobrevivem ao BraZil-delírio.
Com fome de tudo, concebemos a Molotov contra toda forma de opressão e injustiça, contra todo tipo de culto a personalidades fascistas, contra a brutal e impune violência do estado, contra todo tipo de autoritarismo, discriminação e abuso.
Contra todo tipo de apologia à ditadura militar brasileira e latinoamericana, contra todo tipo de elogio aos genocídios do nosso povo e ao estupro da memória de nosses ancestrais, que com suor, lágrimas e sangue, edificaram a terra que hoje vemos ser sistemática e sadicamente destruída pelos interesses de uma minoria gananciosa, corrupta, inescrupulosa e fascista.
Abraçamos a responsabilidade de tensionar os esgotamentos e conflitos desse momento terreno, num convite à um visceral exame dos sentidos, sentimentos, significados e significantes de nossos acontecimentos e relações enquanto e como criaturas artísticas que ocupam esse BraZil2020.
A espinha dorsal da Molotov é essa revista-manifesto, lugar-manifesto, lugar-revista-manifesto: intimista, político e afetivo, que busca ser capaz de afirmar o caos latinoamericano, a urgência e o irrevogável direito de existir com dignidade, através de registros caleidoscópicos de escoamento incessante e incendiário, tal como são nossa linguagem, cultura, carnes e produções artísticas, em compromisso incondicional com um organismo decolonial, emancipado das tiranias de raça, gênero e classe.
O projeto, essencialmente coletivo e independente, não é atrelado a nenhuma instituição e constitui-se de forma 100% colaborativa, não governamental e sem fins lucrativos, a partir da recepção de materiais de temática livre e autônoma, enviados por artistas independentes de toda latinoamérica de acordo com nosso calendário de publicações.
o que é?
Como participar?
Estamos constantemente recebendo materiais para compor as próximas edições da Molotov através das chamadas que são abertas trimestralmente. Pra saber quando vai rolar a próxima chamada é só ficar de olho nas nossas redes sociais.
Quem pode participar?
Qualquer artista natural ou residente do Brasil e demais países latinoamericanos.
O que recebemos?
Materiais literários (artigo, ensaio, poema, prosa, pequenas dramaturgias, etc) e artes visuais (ilustração, fotografia, colagem, registros de performances e esculturas/instalações). Os formatos e demais especificações são anunciados de acordo com cada chamada.
Como é feita a seleção?
Pra cada nova edição, todos os materiais recebidos através da chamada são analisados e debatidos pela equipe da Molotov e convidadas/os. Os materiais passam por critérios como o alinhamento com a proposta editorial e temática do projeto, priorizando sempre a publicação de artes produzidas por pessoas que compõem grupos de maior vulnerabilidade social (negras/os, indígenas, mulheres, LGBT+, portadoras de deficiência, etc).
como participar?
contatinho